sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vai tarde, Capitão!

Pois é, e lá se foi o capitão! Juninho foi contratado pelo time Samsung Bluewings, da Coréia do Sul e não jogará mais pelo Glorioso. Graças a Deus! Perdemos um gigante cobrador de faltas, isso eu admito. O cara chuta muito e em diversas vezes, eu disse, até mesmo aqui no blog que ele era a nossa salvação! Na época que nosso ataque estava (e ainda está) apagadíssimo e minha esperança eram os gols do Juninho. Fiz até um apelo no desespero “Fica Juninho, fica capitão! Tu és a salvação!”. Mas chega de contar com salvações. Até quando ficaremos no sufoco? Nosso Botafogo não precisa disso. Não é esse Glorioso que nós queremos. Sim, eu admiro os chutes do Juninho, mas perai...qual é a sua posição mesmo? Ah, ele é zagueiro. E na zaga, meu amigo, o cara é mais lento que o meu pai correndo. E olha que ele manca! Eu sempre me pergunto, será que ele é zagueiro mesmo, cara? Não é possível. O cara é muito lento marcando os jogadores!!!!!
Hoje li uma notícia: Juninho confirma adeus e diz: 'Se o rebaixamento acontecesse, eu não sairia'. Duvido e duvido muito! Mas ainda bem que o Fogão não caiu e lá se foi ele! Vá em busca da sua ‘independência’, capitão!
Agora Diretoria, é planejar pra ter uma equipe boa em 2010. PLANEJAR. Sabem o significado dessa palavra? Então, aprendam! E aproveitar que muitos contratos vencem no dia 31 de dezembro e se livrar logo desses jogadores. Desnecessário manter Castilho e Reinaldo com um salário desses. Aproveite e mande Fahel que só sabe errar passes e fazer faltas pra bem longe. Renato, André Lima são amigos da lentidão. Pra que mantê-los? Léo Silva, Alessandro e Émerson, eu realmente preciso falar? Foraaaaa! Queremos um Botafogo novo! Com jogadores determinados. E outra coisa, chega de "formar" grandes craques aqui e deixá-los escapar, enquanto têm outros no Fogão com salários altos, e não merecem estar. É uma "belíssima" maneira dos empresários faturarem né? Colocam os jogadores, eles fazem algumas boas partidas e pronto, são vendidos! Que bonito!!! Por isso, mude Fogão, mude com dignidade, com amor ao clube e lembre-se sempre, tu és o Glorioso!

E para o capitão, boa viagem!
Obrigada por tudo e saudações alvinegras!

Um beijo,
Mariane Oliveira

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você...


Bandeiras, camisas e mosaicos! Homenagens, história e emoção! Gritos, hinos e xingamentos! Lágrimas e sorrisos! Clube, craques e gols! Desespero, adrenalina e revolta! Família e amor! E muuuuuuito amor! Tudo isso pra explicar uma única paixão: o futebol!
O Futebol é sim, de arrepiar! É apaixonante! Só quem ama, entende! Ou não. Talvez seja um sentimento inexplicável! Xingamos juizes, bandeirinhas, técnicos, jogadores, direção e a comissão toda! Ás vezes, até sobra para a mãe deles! Mas no fundo, isso tudo é amor! Um amor que não se vê igual. É que nem briga de namorado: a gente se revolta, xinga, mas daqui a pouco já está tudo bem. Já esta ao lado dando a força que for necessária! O engraçado é que abraçamos a pessoa do lado da arquibancada como se fossemos amigos íntimos e brigamos feios com amigos verdadeiros defendendo o seu clube! Paradoxal! Eu saio cedo da faculdade por causa de futebol. Falto o inglês pra ver jogo. Me abalo até o Rio de Janeiro naquele sol para assistir o meu time do coração. Mas o grito da torcida. Unidas ali por um único objetivo, por um único amor... Não tem preço!
O mais gostoso do futebol é a expectativa. Unhas sendo roídas. Coração disparado! Mão suando! A esperança da vitória! O que está acontecendo no Brasileirão este ano é maravilhoso. Não para todo mundo, é claro. Mas para uma boa parte. O que era certo ser rebaixado, reagiu. O que era certo ser campeão, falhou! Que disputa! Que adrenalina! Briga boa de ver! Quando o elenco é bom, acontece isso com o show. Tem até torcedor vibrando com vitórias do time que não gosta só por causa das combinações de resultados. Quem será o campeão? Quem irá cair? Quem classifica para a Libertadores? E para a Sul-Americana? Eis a questão. E tudo isso, meu amigo, provavelmente ficará só para a última rodada. No mundo futebolístico é assim. Nada é certo até o apito final! É ou não é de se apaixonar? Haja coração!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Apenas meninas!

Sim, esse é um post dedicado as Luluzinhas!
Um post de recordações, de infância, de mulherzinha, de coisas que só as meninas entendem. Um post cor de rosa. Calma Bolinhas, vocês também podem ler. Não, eu não vou falar do desenho da Luluzinha que passava de manhã, que por sinal, é muito bom.

Nada como conversar com uma amiga que você conheceu este ano e compartilhar suas distintas infâncias. Infâncias estas vividas em locais diferentes, construídas com pessoas diferentes. Mas infância é infância e sempre tem algo em comum. Meio paradoxal, mas é verdade.
Quem aí não se reunia na varanda de casa para dançar Chiquititas com as amigas? Quem não se lembra de “... tenho um coração com buraquinhos”? Eu adorava cozinhar com o mestre Chico e vocês? Me divertia brincando “Na berlinda” com eles. Quem nunca dançou na frente da TV com “Mexe lá”? Se emocionou com “... amigas, amigas companheiras da minha vida. Amigas como vocês eu aprendi” Quem não ‘se apaixonou’ pelos meninos do Orfanato? Cantou e dançou com os clipes? Teve raiva das meninas malvadas? Medo da bruxa? Não contava os minutos pra acabar a Tv Cruj? Era o sonho de toda menina ter um quarto daquele cheio de amiguinhas, onde ficavam conversando e brincando até tarde. Era o sonho viver naquele orfanato onde a vida era perfeita.
De chiquititas à Fada Bela. Quem não viveu o mundo da magia junto aquela Fada vivida pela Angélica? E ficava toda feliz cantando “Fada Bela, tome cuidado. O caminho é tão complicado. Entre a linha do bem e do mal, entre o humano e o imortal”. É, eu ficava!
Toda criança teve em sua infância ao menos um desenho do Walt Disney. E os meus favoritos eram Rei Leão, Pocahontas e, principalmente, Cinderela. Tão pequenas e sonhadoras com a chegada do príncipe encantado com o sapatinho de cristal. Príncipe encantado! Naquela época nós ainda acreditávamos na existência!
Divertíamos-nos com pouco. Um monte de adesivos, um simples Gibi da Mônica, uma pequena revista de colorir ou algumas canetas de cheiro, já era o bastante para termos uma tarde alegre com as amigas. E as Barbies? Só eu ou vocês também só gostavam de montar a casa delas? A diversão era montar o quarto, cozinha, banheiro, sala, trocar a roupa dela e pronto, desmontar e guardar tudo de novo. Passávamos a tarde inteira fazendo isso, sem nos preocuparmos com a hora. No dia seguinte? Fazíamos tudo de novo.
Escola, amigos, recreio, lanche e a merendeira! Ah, a merendeira! Era uma das partes mais legais na hora de comprar os objetos que vinham escrito na “Lista de material escolar”. No recreio a queimada, a corda, amarelinha e o elástico, é quem comandava. Depois da merenda, é lógico que tinha algumas balinhas e aquele ‘pirulito de açuquinha’.
Da infância a pré-adolescência. Primeira vez estudando de manhã. Primeira vez indo embora sozinha pra casa. Uma conquista! Tô ficando grande! Era o que pensávamos. Grande, tsssss! Estávamos e estamos muito longe disso. Contávamos dias para as festinhas do colégio. Para nós, era a festa do ano. E desde já, demorávamos horas pra nos arrumar. Blusa rosa ou branca? Pulseira colorida ou não? Bota ou sandália? Nossa, quanta preocupação!
Toda menina teve pelo menos uma tarde assim com as amigas: almofadas, pipoca, brigadeiro, refrigerante e filme de menininha. Pra quem não entende, filme de menininha é tipo “Um amor pra recordar”; “PS eu te amo”; “Como se fosse a primeira vez”; filmes os quais nos identificamos, nos emocionamos, choramos, ficamos felizes e tristes ao mesmo tempo. Coisas que só as meninas entendem. E assim vem chegando a adolescência. Festas, estudos, maquiagem, perfumes, compras, roupas, bolsas, secador, chapinha, cordões, pulseiras, brincos e mais brincos. E ta, garotos! Nessa fase finalmente descobrimos que os príncipes não existem. E que garotos perto de uma mulher, são só garotos!
Responsabilidades começam a surgir. Preocupações com os estudos se fortalecem. Escolhas tem de ser tomadas, e essas, você tem que fazer sozinho. O que eu vou ser? Dentista? Fonoaudióloga? Professora? Publicitária? Jornalista? Aonde eu vou cursar? Federal? Mas tenho que estudar muito. Particular? Mas tenho que pagar muito. Ô dúvida. Agora sim: quanta preocupação!
Enfim, chega a faculdade com a grande transformação. Amigos novos, mas nunca deixando os antigos de lado. Estudar a noite, ir para o estágio: uma nova rotina é criada. Às vezes nos sentimos uma velha, por recusarmos sair com as amigas devido ao cansaço. Sempre temos ataques e crises nervosas, temos tpm, e adoramos fofocar. Ás vezes parecemos ter 10 anos. Dançamos no meio da rua, brincamos de várias coisas e morremos de rir. Fazemos planos de tudo. Fazemos o que temos que fazer. Cumprimos nossos compromissos sempre com responsabilidades. Talvez já sejamos mulheres, mas jamais deixaremos de ser meninas!

domingo, 9 de agosto de 2009

Por quê?


Eu não entendo o Botafogo. Não entendo esse meu amor, essa minha paixão. E também não entendo o significado da palavra oficial. O dicionário diz: Relativo a tudo que é anunciado, declarado, ordenado por uma autoridade reconhecida. Então, porque o ‘capitão’ abriu mão da cobrança? Afinal, ele é o cobrador oficial gente. Por que deixar o André Lima cobrar o pênalti? Por que desobedecer às ordens do Ney? Aliás, porque o Ney ainda está no Botafogo? Quem realmente manda no time?
André Lima não se contentou em perder o pênalti como furou em outras oportunidades de gol. No futebol é assim, um dia o cara é o melhor. No outro, é o desastre do jogo. Acontece. Mas tem coisas, que só acontecem com o Botafogo. Tenho vontade de desligar a TV vendo o Victor Simões desperdiçar uma chance de gol daquelas. Torcida vaiou merecidamente. Não dá pra ter jogadores como o Fahel e Alessandro no meu glorioso. Tive pena do goleiro Flávio, que substituiu o Castilho que se machucou. No primeiro lance dele na partida, sofreu um gol, coitado. Gol impedido por sinal, mas isso é fato do futebol já. O Atlético Paranaense agradece. Leandro Guerreiro não teve destaque, mas ele, como sempre, joga bem. Tony entrou pra ajudar o ataque. Até que melhorou um pouquinho, mas nada muito ofensivo.
Por que eles erram tantos passes? Por que eles se perdem no jogo? Por que a defesa insiste em falhar? E o ataque, então? É ai que eu peço: Fica Juninho! Fica capitão! É a nossa salvação!

Enfim, com poucas jogadas ofensivas, muita falha, nervosismo em campo, pressão da torcida, obtivemos mais uma derrota, e dentro de casa. Lamentável. É ai que eu me pergunto: Porque eu fui gostar de futebol? É incontrolável. Mas é uma paixão, independente do resultado. Afinal, eu tenho uma estrela solitária que bate no peito! E mesmo que a estrela se apague, tu és o glorioso!

Um beijo e saudações Alvinegras!

Entrevista Felipe Andreoli

No último domingo, dia 02 de agosto, assisti ao Stand Up do Felipe Andreoli, no teatro Gacemss. O espetáculo foi muito engraçado. Felipe conta um pouco sobre sua vida de uma forma diferente e divertida. Relembra a infância e adolescência, conta histórias de suas viagens pelo CQC e muito mais. No final, Andreoli, muito simpático e atencioso, me atendeu e respondeu a algumas perguntas. A entrevista está disponível no site do Jornal Folha do Interior. O endereço é: http://www.folhadointerior.com.br/novosite/noticias_detail.asp?cod_noticia=1620
Um beijo a todos. Espero que gostem!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Valor da Amizade!


“Amigos vão sem se despedir, isso já não me faz sorrir”!

Hoje, eu te amo. Amanhã, te odeio! Hoje, eu te ligo a cada minuto. Amanhã, é um oi sem graça pelo MSN. Hoje, é meu melhor amigo. Amanhã, apenas um conhecido.
Amizade é, realmente, uma coisa muito estranha. O tempo vai, as coisas mudam, pessoas crescem, responsabilidades aparecem e, aos poucos, sem percebermos, os amigos se vão. Poucos são aqueles que ficam. Quando você menos espera, já está no meio de uma nova roda de amigos. E você nem se despediu dos antigos. Existem aqueles amigos de infância, de colégio, da faculdade, da rua, de outra cidade e até mesmo, os virtuais.
Por onde anda aquela minha melhor amiga que trocava lanche na primeira série? E aquela que morava na minha rua e brincava de pique - esconde? E as que dançavam Sandy e Júnior e Chiquititas comigo? Pois é, tantas que eu chamava de melhores amigas e jurava ser para sempre, hoje eu não sei nem por onde andam.
Não pensem que não acredito em amizades verdadeiras, e nem que as antigas amizades não foram sinceras. Não é isso! As verdadeiras permanecem sim, independentes da distância e das mudanças. Só fico triste com a intensidade e o afastamento, mas isso é inevitável. Tomamos rumos diferentes e o contato tende mesmo a diminuir. Às vezes, eu queria voltar no tempo. Naquela época em que as nossas preocupações eram se nossas mães iriam deixar-nos brincar na rua, ao voltarmos do colégio, ou se minha amiguinha viria aqui em casa brincar de casinha comigo. Mas a gente cresce e outras preocupações surgem. Preocupações estas que eu até gosto, mas que às vezes, queria fechar os olhos e acordar criança de novo!
Espanto-me quando converso com amigas por telefone e percebo que não sei quase nada do que se passa em sua vida. E quando nos encontramos, a conversa tem que ser rápida, pois temos outros compromissos. Resumimos dias, semanas, meses, em algumas horas. Amigo é aquela pessoa que o tempo não apaga. Aquele que está presente, mesmo distante. Palavras, momentos, atitudes, ficam na memória para sempre, pois foram feitas de coração!
Como diz Zélia Duncan (que eu gosto muito):

“Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber.
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer.
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer.
Amigo que é amigo não puxa tapete,
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.


Um beijo especial para a Bia e a Quel, amigas de infância, que moram em outra cidade, cuja amizade permanece até hoje. Quem foi que disse que pra tá junto precisa tá perto? Amo vocês!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais um empate!

(Náutico x Botafogo)


Jogar contra o adversário e o Juíz, realmente, não dá!
Mais um episódio lamentável da arbitragem. Mas quem sou eu pra julgá-los? Eles fazem o que acharem correto. Cabe a mim só questionar e reclamar, mesmo que seja em vão. Só no Brasil eles voltam do intervalo e fazem a “compensação”, pois perceberam o erro. Inacreditável! “Ah eu errei para um time, agora vou ter que errar para o outro também” é assim que funciona, então? Pois é, foi o que pareceu. Gol em impedimento, pênalti que não houve, gol mal anulado e cotovelada violenta, são algumas das diversas ‘falhas’. Mas enfim, vamos ao jogo. Primeiro tempo foi razoável, mas deu pra sair com uma vantagem. Segundo tempo foi tenso: empate do Náutico, virada do Náutico e empate do Botafogo. Tirando as falhas da arbitragem, dava pra ter sido mais.

Recuso-me a ver o Léo Silva chutar daquele jeito! Lúcio Flávio foi destaque com a faixa na cabeça! Brincadeira, admito que hoje ele estava ligado no jogo e demonstrou raça. Jônatas, estreiou errando passes. Reinaldo fez gol, mas não brilhou. Leandro Guerreiro foi razoável, mas salvou um gol do Náutico. No Túlio Souza vi pouca raça. Batista é um cara que eu venho gostando muito, teve alguns erros, mas gosto dele. O Fahel, logo o Fahel que eu critico tanto, hoje não errou tantos passes e ate que jogou ‘direitinho’. Pena é insistir nas faltas e puxões de camisas. Victor Simões e André Lima? Perai, eles estavam no jogo? Pois é, nosso ataque estava apagadíssimo! Castilho mandou bem, mas acho que falhou no segundo gol. E finalmente o Juninho! O salvador da pátria! Nosso artilheiro! O CARA CHUTA MUITO!!!! Agora é torcer para que o time se encaixe, aproveite as oportunidades, erre menos e que o Juninho continue nos salvando! Ah, e que a arbitragem preste mais atenção, é claro! Um beijo e saudações Alvinegras!


Próximo jogo: Sábado no Engenhão contra o Internacional. Vamo que vamo Fogão!




terça-feira, 21 de julho de 2009

Um outro mundo!


Sempre achei as aulas de teoria da comunicação meio chatas! Sempre pensei: Pra que vou estudar essa bobeira? Mas esses dias, deparei-me com uma cena que fez lembrar esta aula, até então intitulada 'chata'.

Estava em Angra, e como de costume, Minha avó vai à missa aos domingos. Avistei-a deitada no sofá e estranhei, foi então que resolvi perguntar: - Ué vó, não vai à missa hoje? E ela: - Ah não, está muito frio Aninha. Vou ver pela TV mesmo!".

VOU VER PELA TV MESMO!!!!!!!!!!!
Quem diria que um dia eu ia escutar a minha avó dizendo isso!!
Ta bom, Mc Luhan dizia!

Ir a Igreja? Pra quê? Se eu posso ficar aqui assistindo deitadinha enrolada de edredom e ainda mudar de canal se estiver chata! Cinema? Pra quê? Se eu posso assistir no meu quarto, rir alto o quanto quiser e não pagar nada! Livros? Pra quê? Se eu pego tudo na internet! Pois é, Grande McLuhan que já previa tudo isso. E eu ainda achava o cara 'chato'! Santa ignorância!

Os encontros tendem a acabar. A conversa, a troca e a presença? Somente virtual daqui pra frente. Vivemos em uma tecnologia absurdamente avançada, porém existe o lado ruim. Podemos estar todos juntos na mesma hora em um só lugar, entretanto nos isolamos do mundo a volta. Esquecemos-nos de como é viver a realidade! O MUNDO FORA DO VIRTUAL!
Às vezes, me pego no final de semana trancada no meu quarto. Sentada na cama, cortinas fechadas, notebook no colo e quando resolvo desligá-lo, já é noite e eu nem vi o tempo passar. Estava ali, concentrada no meu mundinho. Interagindo com milhares de pessoas ao mesmo tempo! Mas será que isso realmente é interagir? Será que é necessário me desligar do mundo a minha volta para ter interação? Tem dias que sinto falta de andar pela rua, ir ao cinema, ir ao teatro, ir a shows. Hoje, você encontra tudo no youtube, no google, no orkut etc. Você vê filme, ouve musica, lê livro, assiste à peça, tudo isso, sem sair de casa! Apenas com uma máquina, um click, um computador, uma televisão, um celular! Hoje é muito difícil encontrar pessoas que não são apegadas a objetos tecnológicos. Feliz ou infelizmente?
Às vezes é necessário uma 'aula chata', uma pequena frase, um determinado gesto, para darmos valores a coisas simples. Eu fico indignada, mas acabo sendo vítima da tecnologia. Acabo me rendendo a esse avanço, a essa fúria, a essa loucura! E chego à conclusão que... bobeira mesmo, é não viver a realidade!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Global evolução!

Outro dia minha irmã me ligou para fazer um convite: -Ane, vamos a festa junina da minha amiga no sábado?
Eu: - Ah irmã, não sei. Tenho que ver se não vou sair com meus amigos né?
Minha irmã: - Então vê direitinho pra eu avisar lá. Porque é nome na porta, aí eu dou 15 reais pra interar o seu ingresso, e você pede o resto pro pai, ta? (e a pergunta veio em minha mente: Quinze reais para interar? (Foi então que resolvi perguntar)
Eu - Quanto é pra entrar, irmã?
Minha irmã: 35 reais!

Para tudo! Trita e cinco reais?
Espera aí, para onde eu estou indo, meu Deus? Uma festa junina ou a uma peça de teatro? Um show? Algum artista vai tocar lá? Essa 'roça' fica aonde? Nos EUA? NOME NA PORTA??? Só faltou ter a tradicional pulseirinha como ‘ingresso’!!! Enfim, questionei o preço e ela me disse "Ah vai ter dj, um monte de comida, bebida e tal".
DJ! Taí! Realmente o tempo passa! Há alguns dias eu ia (e olha que sou muito nova) a festas juninas onde só tocava ‘(...) a festa lá na roça foi até o sol raiar. A casa estava cheia, não tinha onde ficar. Estava tão gostoso aquele reboliço, mas é que o sanfoneiro só tocava isso". No rádio, na caixa de som e melhor, era de graça! Só pagava a pescaria, a comilança e as bebidas! Ainda assim, não chegava a dez reais! Lembro que era isso que pedia ao meu pai!

Outro dia, fui assistir a quadrilha do meu antigo colégio. Estou lá vendo várias danças tradicionais e de repente, vejo os próximos alunos que iriam dançar vestidos com uniforme de futebol. Sim, um estava com a do Flamengo, outro com a do Botafogo e assim por diante. E pra piorar, no meio da música caipira veio uma edição com "bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear, bola na rede pra fazer o gol, quem não sonhou em ser um jogador de futebol”.
Me digam...o que tem de caipira nisso? O que tem de Festa Junina? Enfim, me conformei e fui ver a última apresentação. No meio do casório, o padre fazendo a cerimônia, entra uma menina com uma barriga postiça e interrompe o casamento dizendo que o noivo tinha que se casar com ela e não com a rosinha. O povo indignado não acredita e ela diz: - Uai, aonde arrumei essa barriga então? E os convidados gritam em alto e bom som: No MC DONALD'S!
Logo pensei: É patrocinador! E pra minha surpresa, não era! Pra você ver, até a roça eles já dominaram! E o mais triste, é que isso é só o início, meu amigo! Espanto-me, em algumas festas, quando vejo esses patrocínios estampados nas inocentes bandeirinhas!
Pois é, o folclore se perdendo! A cultura indo embora! As tradições se desfazendo! Daqui a algum tempo, vão servir comida japonesa, tocar ‘pancadão’, servir chopp e ice, as meninas dançarão de shortinho e a entrada será 50 reais! E chamarão isso de “Festa Junina”!
Tradição? Que nada! Isso é globalização! E eu só tenho 18 anos!