quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Apenas meninas!

Sim, esse é um post dedicado as Luluzinhas!
Um post de recordações, de infância, de mulherzinha, de coisas que só as meninas entendem. Um post cor de rosa. Calma Bolinhas, vocês também podem ler. Não, eu não vou falar do desenho da Luluzinha que passava de manhã, que por sinal, é muito bom.

Nada como conversar com uma amiga que você conheceu este ano e compartilhar suas distintas infâncias. Infâncias estas vividas em locais diferentes, construídas com pessoas diferentes. Mas infância é infância e sempre tem algo em comum. Meio paradoxal, mas é verdade.
Quem aí não se reunia na varanda de casa para dançar Chiquititas com as amigas? Quem não se lembra de “... tenho um coração com buraquinhos”? Eu adorava cozinhar com o mestre Chico e vocês? Me divertia brincando “Na berlinda” com eles. Quem nunca dançou na frente da TV com “Mexe lá”? Se emocionou com “... amigas, amigas companheiras da minha vida. Amigas como vocês eu aprendi” Quem não ‘se apaixonou’ pelos meninos do Orfanato? Cantou e dançou com os clipes? Teve raiva das meninas malvadas? Medo da bruxa? Não contava os minutos pra acabar a Tv Cruj? Era o sonho de toda menina ter um quarto daquele cheio de amiguinhas, onde ficavam conversando e brincando até tarde. Era o sonho viver naquele orfanato onde a vida era perfeita.
De chiquititas à Fada Bela. Quem não viveu o mundo da magia junto aquela Fada vivida pela Angélica? E ficava toda feliz cantando “Fada Bela, tome cuidado. O caminho é tão complicado. Entre a linha do bem e do mal, entre o humano e o imortal”. É, eu ficava!
Toda criança teve em sua infância ao menos um desenho do Walt Disney. E os meus favoritos eram Rei Leão, Pocahontas e, principalmente, Cinderela. Tão pequenas e sonhadoras com a chegada do príncipe encantado com o sapatinho de cristal. Príncipe encantado! Naquela época nós ainda acreditávamos na existência!
Divertíamos-nos com pouco. Um monte de adesivos, um simples Gibi da Mônica, uma pequena revista de colorir ou algumas canetas de cheiro, já era o bastante para termos uma tarde alegre com as amigas. E as Barbies? Só eu ou vocês também só gostavam de montar a casa delas? A diversão era montar o quarto, cozinha, banheiro, sala, trocar a roupa dela e pronto, desmontar e guardar tudo de novo. Passávamos a tarde inteira fazendo isso, sem nos preocuparmos com a hora. No dia seguinte? Fazíamos tudo de novo.
Escola, amigos, recreio, lanche e a merendeira! Ah, a merendeira! Era uma das partes mais legais na hora de comprar os objetos que vinham escrito na “Lista de material escolar”. No recreio a queimada, a corda, amarelinha e o elástico, é quem comandava. Depois da merenda, é lógico que tinha algumas balinhas e aquele ‘pirulito de açuquinha’.
Da infância a pré-adolescência. Primeira vez estudando de manhã. Primeira vez indo embora sozinha pra casa. Uma conquista! Tô ficando grande! Era o que pensávamos. Grande, tsssss! Estávamos e estamos muito longe disso. Contávamos dias para as festinhas do colégio. Para nós, era a festa do ano. E desde já, demorávamos horas pra nos arrumar. Blusa rosa ou branca? Pulseira colorida ou não? Bota ou sandália? Nossa, quanta preocupação!
Toda menina teve pelo menos uma tarde assim com as amigas: almofadas, pipoca, brigadeiro, refrigerante e filme de menininha. Pra quem não entende, filme de menininha é tipo “Um amor pra recordar”; “PS eu te amo”; “Como se fosse a primeira vez”; filmes os quais nos identificamos, nos emocionamos, choramos, ficamos felizes e tristes ao mesmo tempo. Coisas que só as meninas entendem. E assim vem chegando a adolescência. Festas, estudos, maquiagem, perfumes, compras, roupas, bolsas, secador, chapinha, cordões, pulseiras, brincos e mais brincos. E ta, garotos! Nessa fase finalmente descobrimos que os príncipes não existem. E que garotos perto de uma mulher, são só garotos!
Responsabilidades começam a surgir. Preocupações com os estudos se fortalecem. Escolhas tem de ser tomadas, e essas, você tem que fazer sozinho. O que eu vou ser? Dentista? Fonoaudióloga? Professora? Publicitária? Jornalista? Aonde eu vou cursar? Federal? Mas tenho que estudar muito. Particular? Mas tenho que pagar muito. Ô dúvida. Agora sim: quanta preocupação!
Enfim, chega a faculdade com a grande transformação. Amigos novos, mas nunca deixando os antigos de lado. Estudar a noite, ir para o estágio: uma nova rotina é criada. Às vezes nos sentimos uma velha, por recusarmos sair com as amigas devido ao cansaço. Sempre temos ataques e crises nervosas, temos tpm, e adoramos fofocar. Ás vezes parecemos ter 10 anos. Dançamos no meio da rua, brincamos de várias coisas e morremos de rir. Fazemos planos de tudo. Fazemos o que temos que fazer. Cumprimos nossos compromissos sempre com responsabilidades. Talvez já sejamos mulheres, mas jamais deixaremos de ser meninas!