segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Valor da Amizade!


“Amigos vão sem se despedir, isso já não me faz sorrir”!

Hoje, eu te amo. Amanhã, te odeio! Hoje, eu te ligo a cada minuto. Amanhã, é um oi sem graça pelo MSN. Hoje, é meu melhor amigo. Amanhã, apenas um conhecido.
Amizade é, realmente, uma coisa muito estranha. O tempo vai, as coisas mudam, pessoas crescem, responsabilidades aparecem e, aos poucos, sem percebermos, os amigos se vão. Poucos são aqueles que ficam. Quando você menos espera, já está no meio de uma nova roda de amigos. E você nem se despediu dos antigos. Existem aqueles amigos de infância, de colégio, da faculdade, da rua, de outra cidade e até mesmo, os virtuais.
Por onde anda aquela minha melhor amiga que trocava lanche na primeira série? E aquela que morava na minha rua e brincava de pique - esconde? E as que dançavam Sandy e Júnior e Chiquititas comigo? Pois é, tantas que eu chamava de melhores amigas e jurava ser para sempre, hoje eu não sei nem por onde andam.
Não pensem que não acredito em amizades verdadeiras, e nem que as antigas amizades não foram sinceras. Não é isso! As verdadeiras permanecem sim, independentes da distância e das mudanças. Só fico triste com a intensidade e o afastamento, mas isso é inevitável. Tomamos rumos diferentes e o contato tende mesmo a diminuir. Às vezes, eu queria voltar no tempo. Naquela época em que as nossas preocupações eram se nossas mães iriam deixar-nos brincar na rua, ao voltarmos do colégio, ou se minha amiguinha viria aqui em casa brincar de casinha comigo. Mas a gente cresce e outras preocupações surgem. Preocupações estas que eu até gosto, mas que às vezes, queria fechar os olhos e acordar criança de novo!
Espanto-me quando converso com amigas por telefone e percebo que não sei quase nada do que se passa em sua vida. E quando nos encontramos, a conversa tem que ser rápida, pois temos outros compromissos. Resumimos dias, semanas, meses, em algumas horas. Amigo é aquela pessoa que o tempo não apaga. Aquele que está presente, mesmo distante. Palavras, momentos, atitudes, ficam na memória para sempre, pois foram feitas de coração!
Como diz Zélia Duncan (que eu gosto muito):

“Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber.
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer.
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer.
Amigo que é amigo não puxa tapete,
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão”.


Um beijo especial para a Bia e a Quel, amigas de infância, que moram em outra cidade, cuja amizade permanece até hoje. Quem foi que disse que pra tá junto precisa tá perto? Amo vocês!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais um empate!

(Náutico x Botafogo)


Jogar contra o adversário e o Juíz, realmente, não dá!
Mais um episódio lamentável da arbitragem. Mas quem sou eu pra julgá-los? Eles fazem o que acharem correto. Cabe a mim só questionar e reclamar, mesmo que seja em vão. Só no Brasil eles voltam do intervalo e fazem a “compensação”, pois perceberam o erro. Inacreditável! “Ah eu errei para um time, agora vou ter que errar para o outro também” é assim que funciona, então? Pois é, foi o que pareceu. Gol em impedimento, pênalti que não houve, gol mal anulado e cotovelada violenta, são algumas das diversas ‘falhas’. Mas enfim, vamos ao jogo. Primeiro tempo foi razoável, mas deu pra sair com uma vantagem. Segundo tempo foi tenso: empate do Náutico, virada do Náutico e empate do Botafogo. Tirando as falhas da arbitragem, dava pra ter sido mais.

Recuso-me a ver o Léo Silva chutar daquele jeito! Lúcio Flávio foi destaque com a faixa na cabeça! Brincadeira, admito que hoje ele estava ligado no jogo e demonstrou raça. Jônatas, estreiou errando passes. Reinaldo fez gol, mas não brilhou. Leandro Guerreiro foi razoável, mas salvou um gol do Náutico. No Túlio Souza vi pouca raça. Batista é um cara que eu venho gostando muito, teve alguns erros, mas gosto dele. O Fahel, logo o Fahel que eu critico tanto, hoje não errou tantos passes e ate que jogou ‘direitinho’. Pena é insistir nas faltas e puxões de camisas. Victor Simões e André Lima? Perai, eles estavam no jogo? Pois é, nosso ataque estava apagadíssimo! Castilho mandou bem, mas acho que falhou no segundo gol. E finalmente o Juninho! O salvador da pátria! Nosso artilheiro! O CARA CHUTA MUITO!!!! Agora é torcer para que o time se encaixe, aproveite as oportunidades, erre menos e que o Juninho continue nos salvando! Ah, e que a arbitragem preste mais atenção, é claro! Um beijo e saudações Alvinegras!


Próximo jogo: Sábado no Engenhão contra o Internacional. Vamo que vamo Fogão!




terça-feira, 21 de julho de 2009

Um outro mundo!


Sempre achei as aulas de teoria da comunicação meio chatas! Sempre pensei: Pra que vou estudar essa bobeira? Mas esses dias, deparei-me com uma cena que fez lembrar esta aula, até então intitulada 'chata'.

Estava em Angra, e como de costume, Minha avó vai à missa aos domingos. Avistei-a deitada no sofá e estranhei, foi então que resolvi perguntar: - Ué vó, não vai à missa hoje? E ela: - Ah não, está muito frio Aninha. Vou ver pela TV mesmo!".

VOU VER PELA TV MESMO!!!!!!!!!!!
Quem diria que um dia eu ia escutar a minha avó dizendo isso!!
Ta bom, Mc Luhan dizia!

Ir a Igreja? Pra quê? Se eu posso ficar aqui assistindo deitadinha enrolada de edredom e ainda mudar de canal se estiver chata! Cinema? Pra quê? Se eu posso assistir no meu quarto, rir alto o quanto quiser e não pagar nada! Livros? Pra quê? Se eu pego tudo na internet! Pois é, Grande McLuhan que já previa tudo isso. E eu ainda achava o cara 'chato'! Santa ignorância!

Os encontros tendem a acabar. A conversa, a troca e a presença? Somente virtual daqui pra frente. Vivemos em uma tecnologia absurdamente avançada, porém existe o lado ruim. Podemos estar todos juntos na mesma hora em um só lugar, entretanto nos isolamos do mundo a volta. Esquecemos-nos de como é viver a realidade! O MUNDO FORA DO VIRTUAL!
Às vezes, me pego no final de semana trancada no meu quarto. Sentada na cama, cortinas fechadas, notebook no colo e quando resolvo desligá-lo, já é noite e eu nem vi o tempo passar. Estava ali, concentrada no meu mundinho. Interagindo com milhares de pessoas ao mesmo tempo! Mas será que isso realmente é interagir? Será que é necessário me desligar do mundo a minha volta para ter interação? Tem dias que sinto falta de andar pela rua, ir ao cinema, ir ao teatro, ir a shows. Hoje, você encontra tudo no youtube, no google, no orkut etc. Você vê filme, ouve musica, lê livro, assiste à peça, tudo isso, sem sair de casa! Apenas com uma máquina, um click, um computador, uma televisão, um celular! Hoje é muito difícil encontrar pessoas que não são apegadas a objetos tecnológicos. Feliz ou infelizmente?
Às vezes é necessário uma 'aula chata', uma pequena frase, um determinado gesto, para darmos valores a coisas simples. Eu fico indignada, mas acabo sendo vítima da tecnologia. Acabo me rendendo a esse avanço, a essa fúria, a essa loucura! E chego à conclusão que... bobeira mesmo, é não viver a realidade!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Global evolução!

Outro dia minha irmã me ligou para fazer um convite: -Ane, vamos a festa junina da minha amiga no sábado?
Eu: - Ah irmã, não sei. Tenho que ver se não vou sair com meus amigos né?
Minha irmã: - Então vê direitinho pra eu avisar lá. Porque é nome na porta, aí eu dou 15 reais pra interar o seu ingresso, e você pede o resto pro pai, ta? (e a pergunta veio em minha mente: Quinze reais para interar? (Foi então que resolvi perguntar)
Eu - Quanto é pra entrar, irmã?
Minha irmã: 35 reais!

Para tudo! Trita e cinco reais?
Espera aí, para onde eu estou indo, meu Deus? Uma festa junina ou a uma peça de teatro? Um show? Algum artista vai tocar lá? Essa 'roça' fica aonde? Nos EUA? NOME NA PORTA??? Só faltou ter a tradicional pulseirinha como ‘ingresso’!!! Enfim, questionei o preço e ela me disse "Ah vai ter dj, um monte de comida, bebida e tal".
DJ! Taí! Realmente o tempo passa! Há alguns dias eu ia (e olha que sou muito nova) a festas juninas onde só tocava ‘(...) a festa lá na roça foi até o sol raiar. A casa estava cheia, não tinha onde ficar. Estava tão gostoso aquele reboliço, mas é que o sanfoneiro só tocava isso". No rádio, na caixa de som e melhor, era de graça! Só pagava a pescaria, a comilança e as bebidas! Ainda assim, não chegava a dez reais! Lembro que era isso que pedia ao meu pai!

Outro dia, fui assistir a quadrilha do meu antigo colégio. Estou lá vendo várias danças tradicionais e de repente, vejo os próximos alunos que iriam dançar vestidos com uniforme de futebol. Sim, um estava com a do Flamengo, outro com a do Botafogo e assim por diante. E pra piorar, no meio da música caipira veio uma edição com "bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear, bola na rede pra fazer o gol, quem não sonhou em ser um jogador de futebol”.
Me digam...o que tem de caipira nisso? O que tem de Festa Junina? Enfim, me conformei e fui ver a última apresentação. No meio do casório, o padre fazendo a cerimônia, entra uma menina com uma barriga postiça e interrompe o casamento dizendo que o noivo tinha que se casar com ela e não com a rosinha. O povo indignado não acredita e ela diz: - Uai, aonde arrumei essa barriga então? E os convidados gritam em alto e bom som: No MC DONALD'S!
Logo pensei: É patrocinador! E pra minha surpresa, não era! Pra você ver, até a roça eles já dominaram! E o mais triste, é que isso é só o início, meu amigo! Espanto-me, em algumas festas, quando vejo esses patrocínios estampados nas inocentes bandeirinhas!
Pois é, o folclore se perdendo! A cultura indo embora! As tradições se desfazendo! Daqui a algum tempo, vão servir comida japonesa, tocar ‘pancadão’, servir chopp e ice, as meninas dançarão de shortinho e a entrada será 50 reais! E chamarão isso de “Festa Junina”!
Tradição? Que nada! Isso é globalização! E eu só tenho 18 anos!